Já foi provado que filhos de gestantes diabéticas têm maior risco de se tornarem crianças obesas. Agora, estudo realizado pela Escola e Saúde Pública do Colorado e publicado na revista especializada International Journal of Obesity sugere que o aleitamento materno pode reduzir essa ameaça.
Os pesquisadores monitoraram 94 filhos de gestantes diabéticas e 399 de mulheres sem a doença desde o nascimento até os 13 anos. Eles avaliaram a influência do aleitamento materno no crescimento do índice de massa corporal (IMC), que é utilizado para medir a obesidade.
"Existem períodos críticos para a definição perinatal do risco de obesidade na gravidez e na vida da criança", diz a Dra. Tessa Crume, coordenadora do estudo. "Olhamos para as crianças expostas a uma maior nutrição no útero devido a uma gravidez do diabético para determinar se a nutrição início da vida pode alterar o risco de obesidade infantil", explica.
Os resultados mostraram que os filhos das gestantes diabéticas que eram amamentados por mais tempo apresentavam um crescimento do IMC mais lento do que aqueles cujo aleitamento foi interrompido antes dos seis meses de vida das crianças. O mesmo padrão pôde ser observado nos filhos das mães não-diabéticas.
De acordo com Crume, os pesquisadores sabem que as crianças expostas ao diabetes ou à obesidade durante a gestação correm maior risco para a obesidade infantil e doenças metabólicas. O que o estudo mostra é uma alternativa para normalizar o crescimento do IMC.
“O aleitamento materno é importante para a saúde da mãe e da criança, e, por isso, deve ser alvo de campanhas promovidas pela saúde pública, principalmente agora que sabemos que a prática pode ajudar a reduzir o risco de obesidade infantil”, diz Crume.
Fonte: EurekAlert!, 8 de fevereiro de 2012
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