sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Você tem 3% de chances de desenvolver epilepsia ao longo da vida


O cérebro humano contém aproximadamente 100 bilhões de neurônios que se comunicam e exercem várias funções que geram impulsos elétricos. De repente, ocorre um distúrbio na geração destes impulsos e a atividade elétrica do cérebro fica momentaneamente desorganizada, excessiva e repetida, e isso causa uma crise epilética (também conhecida como crise convulsiva).
A epilepsia é uma doença cerebral que pode ter diversas causas e é caracterizada pela recorrência das crises de convulsão não provocadas. Estima-se que a epilepsia ativa atinja em torno de 0,5% a 1,0% da população mundial, e que cerca de 30% dos pacientes continuem a ter crises, sem sintomas específicos, mesmo fazendo tratamento adequado com medicamentos anticonvulsivantes. A incidência de epilepsia é maior no primeiro ano de vida e volta a aumentar após os 60 anos de idade. A probabilidade geral de ser afetado por epilepsia ao longo da vida é de cerca de 3%.
De acordo com o neurologista do Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, Rogério Naylor, algumas coisas podem facilitar o surgimento da doença. “Existem as epilepsias sintomáticas, que são a expressão de que alguma coisa errada está acontecendo no organismo do paciente e podem ser secundárias a um traumatismo craniano, ou ao uso contínuo abusivo de álcool, ou a presença de tumores cerebrais. Também existem as epilepsias idiopáticas, que não tem uma causa determinada”. Mas o doutor Naylor ressalta que o fato de não se chegar a uma conclusão da causa para o desenvolvimento da epilepsia não significa que não exista uma causa para o problema.
É necessário ficar atento aos sinais. Na maior parte das vezes, quando vai acontecer uma crise epilética, inicialmente a pessoa perde os sentidos e sofre abalos no corpo. Quando a crise acontece, a pessoa pode expelir uma secreção da boca e apresentar incontinência urinária. A constatação da epilepsia pode ser feito por meio de exame principalmente nas áreas neurológica e psiquiátrica. A intensidade da doença pode ser definida pela Idade, frequência de ocorrência e intervalos mais curtos e mais longos entre as crises.
A aposentada Eunice Teixeira tem 80 anos e desde criança possui a epilepsia. “Aos dois anos eu tive a primeira crise. Depois, aos 57 anos, eu comecei a ter crises constantes e os médicos tinham medo de me falar qual o problema. Lutei muito para conseguir a medicação controlada”.
Depois de conseguir a medicação, dona Eunice disse que consegue viver bem com a doença e que não tem nenhuma sequela. “Sou uma pessoa totalmente normal. Tomo os comprimidos nas horas certas e consigo fazer tudo o que quero. (…) Moro sozinha, viajo à Europa, com as amigas e não tenho nada”.
Como agir numa crise epilética – Muitas pessoas não sabem como agir quando alguém sofre uma crise epilética. O neurologista Rogério Naylor, explica como agir nesta situação: “em primeiro lugar não deve ser dado nada pela boca do paciente na hora da crise. Basta virar a cabeça de lado, para que a secreção que sai pela boca não vá direto para o pulmão, apoiar os dedos no queixo e esticar a cabeça para trás, a fim de desobstruir as vias aéreas, e não tentar colocar o dedo na garganta para desenrolar a língua. Na maioria das vezes a crise acaba sozinha. Se ela se prolongar mais que o razoável é necessário procurar o serviço médico”.
Fonte: portal da saúde

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